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Armada

by Popular, Varios

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1.
Amada Garcia 04:20
Como a fouce sega a erva, a tua vida foi segada junto a mulheres e homens em Mugardos cai Amada justiza berram as gorjas das que agora a ti te cantam justiza berravam todas, a tua também berrava (bis ao contrário) Foi naquele tempo em que Cela a cultura censurava foi naquele tempo em que o "nobel" para o verdugo trabalhava tu luitache contra a sombra, a luz em ti se prenhava por amor a ti e ao povo ficache presa Amada (bis ao contrário) Fôrom muitos fôrom muitas, a vida por ti cambiavam mas era a ti a quem temiam, tu mulher republicana na prisom nasceu teu filho e a morte tu condenada dis que lhe falem de ti, entregas com ele a alma (bis ao contrário) Quem seria este povo a quem lembrar numha praça a quem gostou da censura ou a quem lhe plantou cara a lembra é para ti por mulher e camarada! por mae, razom e caminho, por mártir republicana (bis ao contrário) Adeus Amada Garcia, adeus Amada Garcia adeus e muito obrigadas, adeus e muito obrigadas (2 bises)
2.
Rebola bola 04:25
Os bons homens desta Terra, querem todos ter trabalho, mentres os capitalistas, gozan tendo-nos parados. Muitos falam o galego, com finura e porque é moda, mas para falá-lo com jeito, há que mamá-lo na escola. Trazem-nos a carne de fora, negócio duns larpeiros, e o que tenha bons bezerros, que os enterre no palheiro. Os "Deputados" galegos, som-che mui bem educados, falam mui bem nesta Terra, e em Madrid estám calados. Galegos oportunistas!, já se viu o que buscavam, presumir de Autonomistas, desde a capital de Espanha. Pedírom votos galegos, e nom lhes tivemos perda, e agora dam-nos as graças, com um "estatuto da merda". Já temos umha “autopista”, já corremos como um raio, e as outras “carreteirinhas”, tocadinhas do caralho.. RETROUSO:Rebola-bola, vós que diz, que diz que deu, vós que diz que deu na bola, vós que na bola nom deu. REMATE: Rebola o pai, rebola a mae, rebola a filha, e eu, como som da família também quero rebolar.
3.
Sementeira 02:50
Sementar sementarei, loguinho de clarear, entanto no povo medre um meninho, um velho e um cantar. Um meninho rebuldeiro que fale na língua mae que suba nos pexegueiros a fruta verde a roubar. Um velho que dê conselhos um rosto de fume e pam que conte contos aos nenos do cuco e do paspalhás. Um cantar de redençom um velho e novo cantar que troque a desolaçom num limpo e claro alvorar. Logo, deixai-me morrer, entre dous regos, queimado, quando venhan os solpores dos homens esfomeados.
4.
Uah 02:27
Viva Crunha, viva Lugo, viva Ourense e Ponte-Vedra e que vaiam pr'o caralho os ladrons da nossa terra. Uah lalalalalailala Este pandeiro que toco por muito que repenique nom tenhas medo que rache que é de coiro de cacique. Uah lalalalalailala Para peixe fresco Vigo para chocos Redondela para camarons Moanha pra caciques Pontevedra (ou Ferrolterra, ou Compostela...) Uah lalalalalá
5.
Em pe 03:55
Irmaos! Em pé, serenos, a limpa frente erguida, envoltos na brancura da luz que cai de riba, o coraçom aberto a toda verba amiga, e numha mao a fouce e noutra mao a oliva, arredor da bandeira azul e branca, arredor da bandeira de Galiza, cantemos o direito à livre nova vida! (bis) Validos de traidores a noite da Frouseira a pátria escravizárom uns reis(es) de Castela. Comestas polo tempo, já afrouxam as cadeias... Irmaos assobalhados de gentes estrangeiras, ergamos a bandeira azul e branca! e ao pé da ensenha da naçom galega cantemos o direito a libertar a Terra! Irmaos no amor a Suévia de legendária história, em pé! em pé dispostos a nom morrer sem luita! O dia do Medúlio com sangue quente e roxo mercamos o direito à livre honrada chousa Já está ao vento a bandeira azul e branca! e ao pé da ensenha da naçom galega berremos alto e forte: “A nossa terra é nossa!”
6.
Nossa Senhora da Guia guia os homens do mar. Venha ver a barca, vê-la que se vai deitar no mar. Nossa Senhora vai dentro, os anjinhos a remar(em). Em Ourense as gaivotas nom sabem o que é voar. Os marinheiros trabalham no mar da liberdade. Outros pesqueiros rebentam p'ra os senhores engordar(em), Há um “caravel” vermelho no fusil do militar. (Há umha estrela vermelha na bandeira nacional. Já nom há fouce e martelo no remate da espiral) Quem nom viu cantar um velho nom sabe o que é cantar.
7.
Ai, minha mae dos trabalhos, para quem trabalho eu. Trabalho, mato meu corpo nom tenho nada de meu. Ailalelo, ailalelo ailalelalo, meu bem. Quem trabalha passa fome, quem nom trabalha é quem come Os senhores do governo, que dizem querer-nos bem. Aumentárom os afogos, alfaiazaços também. Ailalelo, ailalelo ailalelalo, meu bem. De palavras imos fartos, obras nom as fai ninguém. Tenho um anaco de terra, para nela trabalhar. E umhas maos que criam calos, fazendo outros engordar. Ailalelo, ailalelo ailalelalo, meu bem. Se todo muda na vida, isto há-de mudar também. Nom nos venham os doutores com promessas para votar. Nós queremos democracia, mas há-de ser popular. Ailalelo, ailalelo ailalelalo, meu bem. Ricos defendendo pobres, nunca eu vim, nem viu ninguém Nunca vim terra dar pam sem que a gente a trabalhasse. E se a nossa vida muda, é que o povo fai mudar. Ailalelo, ailalelo ailalelalo, meu bem. O nosso povo está na luita, nos imos luitar também.
8.
De pé, cantar, que vamos triunfar Avançam já bandeiras de unidade Já vão crescendo brados de vitória E tu verás teu canto e bandeira, florescer A luz de um rubro amanhecer, Milhões de braços fazendo a nova história. De pé, marchar, que o povo vai triunfar Agora já ninguém nos vencerá Nada pode quebrar nossa vontade E num clamor mil vozes de combate nascerão Dirão, canção de liberdade; Será melhor a vida que virá. E agora, o povo ergue-se e luta Com voz de gigante, gritando avante O povo unido jamais será vencido... O povo está forjando a unidade De norte a sul, na mina e no trigal Somos do campo, da aldeia e da cidade Lutamos unidos pelo nosso ideal, sulcando Rios de luz, paz e fraternidade Aurora rubra serás realidade De pé, cantar, que o povo vai triunfar Milhões de punhos impõem a verdade De aço são, ardente batalhão E as suas mãos levando a justiça e a razão Mulher, com fogo e com valor Estás aqui junto ao trabalhador. E agora, o povo ergue-se e luta Com voz de gigante, gritando avante O povo unido jamais será vencido...
9.
A jeito de cego venho dizer o que já dixo o Tio Marcos da Portela polos primeiros de “sigro”. As misérias que passámos as dores que sofremos a emigraçom que nos mata e que nos tem consumidos. Esta falta de justiza que nos tem aterecidos andando c'o bico aberto à esculca do grao de milho. As aldragens que nos fam na cidade e no município O pagar como empresários p 'ra que outros se fagam ricos O leite que nos mal pagam e vendem a trinta e cinco e por riba a democracia que até agora é um conto “chino” As contribuiçons que botam ao nosso lombo os políticos as jogadas dos alcaldes que son jogadas de “pilho”. Se pedimos que Galiza volte a ter o seu espírito mangam-nos autonomia Que os caciques som mui listos Devemos tomá-lo a “broma” rir-nos todos e mais rir-nos Venha um trago companheiros Se nom há pam... venha vinho.
10.
Caste dos celtas esperta aginha ergue do fango da escravitude Pátria da alma teus ceives cantos encham o mundo de norte a sul. Das costas bravas, do Finisterre até as douradas beiras do Sil, rujam os ventos de luita e morte contra os tiranos de meu país. Dos meus passados, bendita terra, mae adorada da minha mae quebra as cadeias que te assovalham e cinge a c'roa da liberdade. Cantai galegos o hino gigante dos povos ceives dos povos grandes cantai galegos a ideia santa da independência da nossa Pátria.
11.
Hino 02:49
Irmaos! Irmaos galegos! Desde Ortegal ao Minho a folha do foucinho fagamos rebrilhar! Que veja a Vila Podre coveira de canalha, a Aldeia que trabalha disposta para luitar. Antes de ser escravos irmaos, irmaos galegos! que corra o sangue a regos desde a montanha ao mar. Ergamo-nos sem medo! Que o lume da tojeira envolva na fogueira o paço senhorial! Já o fato de caciques, Iadrons e hereges, foge ao redentor empuxe da alma nacional. Antes de ser escravos irmaos, irmaos galegos! que corra o sangue a regos desde a montanha ao mar.
12.
Grandola 03:35
Grândola vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti ó cidade Dentro de ti ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola vila morena Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena À sombra de uma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra de uma azinheira Que já não sabia a idade
13.
Avante, camarada, avante, Junta a tua à nossa voz! Avante, camarada, avante, camarada E o sol brilhará para todos nós! Ergue da noite, clandestino, À luz do dia a felicidade, Que o novo sol vai nascendo Em nossas vozes vai crescendo Um novo hino à liberdade Que o novo sol vai nascendo Em nossas vozes vai crescendo Um novo hino à liberdade Avante... Cerrem os punhos, companheiros, Já vai tombando a muralha. Libertemos sem demora Os companheiros da masmorra Heróis supremos da batalha Libertemos sem demora Os companheiros da masmorra Heróis supremos da batalha Avante... Para um novo alvorecer Junta-te a nós, companheira, Que comigo vais levar A cada canto, a cada lar A nossa rubra bandeira Que comigo vais levar A cada canto, a cada lar A nossa rubra bandeira Avante...
14.
Companheiro Daniel de vida inumerável como os astros do céu e os caminhos do mar na tenebrosa noite da pátria inabitável temos-te no recordo com mao à luz alva. A ti falo Daniel, morto longe da terra és nosso e a tua luz alumeia a escuridade que nos deixou a história de três anos de guerra em que os lobos matárom a luz e a liberdade. Companheiro Daniel, as pistolas soavam e enluitárom cunetas com sangue luitador as pistolas soavan e os pambidos berravam a terrível vitória do ódio e do terror. E ti foche-te longe predicar no deserto para erguerdes um exército que endejamais luitou e morreche um dia sem veres entreaberto o caminho da volta que a tua alma sonhou. P'ro na Pátria abatida e do povo explorado nascemos nós os filhos da morte e do tristém procurando furiosos vingança e novo Estado e umha roxa alvorada sem cabo nem comém. E a ti bom companheiro que o furacám aleive matou desesperado na outra banda do mar prometemos-che a terra dumha Galiza ceive para enterrar teus ossos onde tenhem que estar.
15.
As sete mulheres do Minho mulheres de grande valor Armadas de fuso e roca correram com o regedor Essa mulher lá do Minho que da fouce fai espada há-de ter na lusa história uma página dourada Viva a Maria da Fonte com as pistolas na mao para matar os Cabrais que som falsos à naçom
16.
Irmao Daniel 02:52
A pátria vai desterrada num barco polo ancho mar, e um vento lúrpio de sangue, afoga em sangue o teu lar. Morto o engenho, morta a vida, quando estava a despertar. Dum longo sonho de tebra, Galiza volta a calar. A pátria outonada em sangue, a tua semente um cantar, recorre o monte e as chairas com a esperança navegar. Escuras noites de medo, um amigo que nos dá, folhinhas que abrem os olhos desde o outro lado do mar. Recitado: “A terra fijo-se nele verbo harmonioso, transubstanciado em música para dar-nos a dimensom exacta dos caminhos, dos ventos e solpores, das manhás transparentes e das escuras noites da intra-história. Passade caladinhos. Estades diante a Fala. Descobride-vos.” Tu já morto e no silêncio, polo meio o ancho mar. Os bons filhos da Galiza aprendem em ti a luitar. Irmao Daniel ti sabias que ninguém pode matar, o amor com que os bem-nascidos alouminham sua mae. Agora traem-te de volta, com os teus até Bonaval. Cúmplices maos de silêncios, que mudárom para medrar. Tarde ou cedo algum dia, nas aldeias, na cidade, o povo que ainda adormece, há conhecer a verdade. Que a pátria vai desterrada, num barco polo ancho mar.
17.
Já nom podemos calar, mentres nos tenham na noite, e haverá quem nos escuite, e queira connosco berrar. Falaremos da justiça, do amor e da liberdade, sementaremos ledícia, nos lindes do nosso lar. Nom deixaremos que o medo, poda a verdade afogar, temos palavras arreu, e temos fé para esperar. Será nossa a nossa Terra, leda no ser verde chao, e nos limpos céus dela, os pássaros ham cantar. Baixarám polos penedos, claras águas cara ao mar, e nos montes cara o céu, novas árvores ham medrar. Os que para longe emigrárom, aos nenos virám contar, a juventude deixada noutras terras, noutro chao. Galiza espera quem luite, e se esforce para a salvar, mentras nos tenham na noite, já nom podemos calar
18.
Reclamamos, por galegos os nascidos na lameira, os que na dorna ligeira, arrancam peixe do mar. Os que no andaime e no “xunque” tenhem o progresso escravo, os que troncham com o arado, a terra para fazer pam. Somos nós, gente que leva, um facho na noite escura, gente que vai à procura da sua história virar. Séculos de fame xorda na noite pecha perdidos, afogando a pena em vinho sem lume para nos quentar! O lusco c'o sacho ao lombo, para jantar pam e toucinho, com o corpo morto, dorido, sempre do carro a tirar. Aldrajados, ignorantes, povo sem lei, divididos do sangue roxo, vencido, os caciques a zugar! Do fundo da nossa noite, da moura noite dos tempos, zoam, hoje, novos ventos, os ventos da liberdade! Homens de tempos perdidos, tu, labrego, tu, obreiro, tu gadeiro, marinheiro, ponde-vos a caminhar! Somos nós, e só nós, os donos do nosso sino, abrindo um novo caminho na busca da liberdade!
19.
Ainda que um nom seja mui bonito, Nom é difícil chegar a senhorito. O primeiro, há que odiar o comunismo, E pensar somente num mesmo, Nom fazer muito caso aos pais E ter certo desprezo para os demais. Há que ter em conta o que convém Adquirir modais finos, “Codear-se” só com gente de bem, Aproveitar dos cucos e cretinos, Ser sócio de todos os casinos, Mercar sempre autos desportivos E trajes e gravatas elegantes, Conhecer toda a classe de aperitivos. Tambem é conveniente ter querida, Abusar o que se poda da bebida, Jantar e cear sempre às deshoras E ser mui galante coas senhoras, Nom falar galego endejamais, Que é idioma do povo mui vulgar. Há que ter em conta o que convém Adquirir modais finos, “Codear-se” só com gente de bem, Saber-se comportar nos restaurantes, Distinguir os whiskys ao cheirá-los, Entender de bridge e de canastra, De golfe, de ténis e cavalos, Nom alternar com gente de outra caste Viver do que suam os demais, E antes morrer que trabalhar, Nom falar galego endejamais, Que é idioma do povo mui vulgar.
20.
Esperança 04:06
Ergueremos a esperança sobre esta terra escura como quem ergue um facho numha noite sem lua marcharemos tingidos polos duros segredos dumha pátria sonhada à que nom voltaremos, nom saberám o caminho que para entom colheremos, longos rios de brêtema longos mares de tempo, tripulantes insones na liberdade cremos. Viva, viva dizemos aos que estám no desterro que sonham c'um abrente, de bandeiras ao vento, adictos da saudade que levades a luz polos vieiros, saúde a todos companheiros saúde a todas companheiras
21.
A bandeira 03:10
Toda branqueda e azul, esta é a nossa bandeira. (Toda branqueda e azul, com umha estrela vermelha.) Levemo-la pola Galiza, dumha à outra ribeira. Viva o mundo do trabalho! Obreiros e marinheiros, por umha Galiza nossa. Pátria, justiça e pam, esta é a nossa cançom. Pátria, justiça e pam, esta é a nossa cançom. Do povo trabalhador, desta nobre e grande naçom. Jungue a tua voz à minha, vem domar a outa selva. Jungue a tua voz à minha, vem domar a outa selva. Caminho fagamos juntos, na procura dumha terra.
22.
Mulher 05:18
Ai meu gaiterinho, ainda me acordo, quando baixavas polo monte abaixo, e vinhas-me ti dizendo: Bota carne no pote, Marianinha, bota carne no pote, Marianá, um molete inteiro enservelhetado, umha bota com vinho, chupaená! Mulher, fartura de luita qué che hei dizer eu, mulher?! Ti és como a terra nossa, e a terra é como ti és! Deixei-vos a entrambas soas anque convosco quedei Valeira está a terra, morna ti, sementada, abofé. (bis) E o vento dizia “pronto” hei de volver!, p'ra tirar a fame, p'ra poder comer...(bis) Ai, mulher, quantas noitinhas, te deitache com a tristura?, e o vento, ainda che trazia, as novas dos que murmuram. E o vento dizia... RECITADO FINAL: Ti és o milagre da terra e, a terra é um milagre teu mistura de mel e cerna de fera e de anjo do céu. Pariches de pé o filho, como fam no mente as bestas. E hoje que volto vencido, para que eu vença ti te deitas. Ao voltar, que che hei dizer?! Maldito o dia e a hora em que te deixei aqui p'ra procurar vida fora! O Inverno da emigraçom roubou-nos a Primavera, quem eu era, já nom sou e ti nom és a que eras! Já podem os leiros dar colheitas bem abondosas, podem em Madrid falar com palavras bem fermosas, que nunca nos ham de pagar a nossa fame de outrora! E O VENTO DIZIA...
23.
Detrás de cada homem está ouveando um lobo. Um lobo que te come e tem comesto o povo. Quanto pode sofrer-se? té-lo já bem sofrido pero nom há que abater-se nem dar-se por vencido. Quanto pode chorar-se? té-lo já bem chorado pero nom há que calar-se, nem sentir-se abafado. Quanto pode perder-se? té-lo já bem perdido. Pero nom há que doer-se nem rosmar um laído. Podes todo ganhá-lo se despertas e luitas. Com o coraçom che falo galego que me escuitas. A tua hora é esta: colhe a fouce, meu povo ergue a testa, protesta, e depois mata o lobo.
24.
Se os labregos só acadam, fazer rico ao empresário. Se nos arrasam as fragas, e deixam o chao queimado. RETROUSO: Quem amanhará o País, quem vai poder amanhá-lo? Se saem barcos para a pesca, e venhem escorrentados. Se os mesmos filhos da terra, som para ela renegados. Se emigram homens e cartos, e aqui já nom há trabalho. Se Galiza segue a ser, paraíso de advogados. Se quem tem carreira abusa, estando tam bem pag(ad)o. Se só ponhem indústrias, no país para emporcalhá-lo. Se de obreiros e labregos há pouquinhos estudando. Se somente há desprezos, para os que tenhem nas maos calos.
25.
Luz 01:02
Quando escuites umha gaita quando escuites um pandeiro Quando escuites umha gaita quando escuites um pandeiro e a música te chame para subir a montanha para colher a metralheta e encetar a luita armada e se eres perseguido torturado encarcelado e se eres perseguida torturada encadeada camarada nom esquenzas nom esquenzas camarada nós faremos da Galiza umha pátria libertada para viver e para morrere para falar a nossa fala para viver com dignidade sem ser escravos de espanha bis
26.
um engádego para caste dos celtas, interpretada poloa partitura original: Os de castela som castelans as da Galiza galegas som pero nom somos nin espanhois nem eles amos nem servos nos

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Esto que tes nas mans quer ser ferramenta para umha das mais belas, uteis e nutritivas expressons de umha cultura que teime em continuar a existir: o canto. Nom o canto de cenarios, nom o canto da SGAE. O canto de taberna, de descanso no roteiro, de ceia de companheiras, de sobremesa de churrascada, de noite de camaradaragem, de barrantes derramado a golpes na mesa.

Um canto imperfeito, sem letras nítidas e afinaçom em sol nascente. Um desorde sonoro que sem despreçar a beleça do bem cantado acentúe a colectividade.

Os critérios forom 7: em galego, de classe, nom sexista, combativo, cantável, popular, femenino.

Entregamos música, letras e acordes.
Nom há excusa já. A cantar.

Na Galiza, o processo de encaixar os distintos elementos da gaita para comezar a toca-la cháma-se “armar a gaita”. Quando está a Gaita Armada começa a festa, e é a nossa intençom que ademais comeze a luita.

Umha gaita desarmada pode ter tres roncos; pode condenar a cultura ao folclorismo; pode sumerger em formol toda umha etnia. Mas nós queremos que dispare, que descarne e que mutile ao in imigo. Nom queremos música inerte e museística, queremos umha Gaita Armada.

Em 1979 os irmaos Mejía Godoy (Carlos e Luis Enrique), nicaraguanos e sandinistas, editam um disco de culto chamado “Guitarra Armada” junto co grupo “Los de Palacagüina”. As dirigentes sandinistas tenhem reconhecido publicamente que aquelas leiçons musicais de luita guerrilheira difundidadas por Radio Sandino forom umha das chaves da victoria. Galiza também quere ganhar, e para isso aportamos a Gaita Armada

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released December 22, 2022

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