1. |
O melro
03:26
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iam polo prado abaixo
o melro e mais a melra
iam polo prado abaixo
o melro como era "pilho"
meteu a merla debaixo
meteu a merla debaixo
ailalelo ailalalo ailalelo
iam polo campo arriba
o melro e mais a melra
iam polo campo arriba
o melro como era "pilho"
botou-lhe a pata por riba
botou-lhe a pata por riba
ailalelo ailalalo
casamenteiro das velhas
santo antónio de catoira
casamenteiro das velhas
porque nom casas as novas
que mal che figérom elas
que mal che figérom elas
ailalalo
aí vos vai a derradeira
aí vos vai a despedida
aí vos vai a derradeira
acabou-se o chiculate
rompeu a chiculateira
rompeu a chiculateira
ailalelo ailalalo
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2. |
Miudinho e Pousa
05:18
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MIUDINHO
É-che um andar miudinho,
miudinho, miudinho,
miudinho, miudinho, BIS
o que eu traio.
Que eu traio umha borracheira
de vinho, que auga nom bebo.
Mira, mira Maruxinha;
mira, mira, como eu venho.
Que eu traio umha borracheira
de vinho, que auga nom bebo.
Mira, mira Maruxinha,
mira, mira como venho.
POUSA
Fum á taberna do meu compadre,
fum polo vento e vim polo aire(x2)
e como é cousa de encantamento
fum polo aire e vim polo vento(x2)
E pousa, pousa, pousa
e nom me toques naquela cousa.
E pousa, pousa aginha
e nom me toques naquela cousinha.
Murmuravam as minhas vizinhas
que eu andava com o crego nas vinhas(x2)
iso é verdá(de), eu nom o nego,
que eu “andivem” a luitas com o crego(x2)
E pousa, pousa, pousa...
Quando me case já tenho um galo,
já minha mae nom me tem que dá-lo(x2)
quando me case já tenho um polo,
já minha mae nom me tem que dar todo.(x2)
E pousa, pousa, pousa...
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3. |
O cuco
03:05
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O cuco, cuco, cuqueiro
o cuco, cuco, cucom.
Madrugom e cantareiro
cantareiro e madrugom.
Ouviu-se pola carvalheira
ao velho cuco souril
ao nascer a primavera
entre o Março e o Abril.
O cuco, cuco, cuqueiro
o cuco, cuco, cucom.
Madrugom e cantareiro
cantareiro e madrugom.
¡O velho cuco cucou
e muito máis cucará!
¡O cuco nom me capou
e nunca me capará!
O cuco, cuco, cuqueiro
o cuco, cuco, cucom.
Madrugom e cantareiro
cantareiro e madrugom.
Polas manhás bem cedinho
o cuco canta: cu- cu.
¡Como o tenho por vizinho
eu trato o cuco de tu!
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4. |
O paraugas do José
02:57
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O paraugas do José
é um paraugas mui mau
se lhe caem quatro gotas...
já se lhe humidece o pau.
E por isso umha mulata,
por mui molhada que este (ja),
non se poría debaixo...
do paraugas do José
E o que é meu é meu e é meu
e o que é meu é meu e é teu
que non quero que andes dizendo,
que tumba que da-lhe,
que tal que sei eu
BIS
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5. |
O gato
02:53
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Juntárom-se quatro um dia,
os melhores deste bairro,
matárom um gato a tiros
e metêrom-no num saco.
Vai o gato metido num saco,
vai o gato para a terra da Laje;
vai o gato metido num saco,
ai, gatinho! já nom volta mais.
Que tal lhes pareceria
a qualquer(a) desses quatro,
que os metessem num saco
como figerom co gato.
Vai o gato...
Aquele gato era um artista,
trabalhava na ribeira,
agora é-che um banhista
na praia da Castinheira
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6. |
Rumboia
02:56
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Hei-me de casar p'ra Castro,
terrinha de muita lenha,
hei de trazer um feixinho
p'ra quando a Rumboia venha.
Anda Joana,
arde-che a Troia,
vem cá comigo,
bailaremos a Rumboia.
Viva a Rumboia,
Rumboia viva,
viva a Rumboia
nem que seja noite e dia.
Minha comadre Polónia,
nom vim muller como ela,
os ossos dá-os ao homem
a carne come-a ela.
Ó lindo lindo,
ó minha jóia,
imos a Lugo,
bailaremos a Rumboia.
Viva a Rumboia,
Rumboia viva,
viva a Rumboia,
Rumboia da minha vida.
Todos os carabineiros
dormem c'os pés à geada,
e dali ao outro dia,
à festa da rumbeirada.
Anda Joana,
arde-che a Troia,
vem cá comigo,
bailaremos a Rumboia.
Viva a Rumboia,
Rumboia viva,
viva a Rumboia
nem que seja noite e dia.
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7. |
Sam Benitinho
02:56
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Lalalalá
Lalalá lalalá
Lalalá lalalá
Lalalá lalalá
Se vás ao Sam Benitinho (tris)
Benitinho
nom vaias ao de Paredes, (tris)
de Paredes
que ha outro mais milagreiro,
milagreiro
ve vás ao Sam Benitinho,
minha mae!
lalalala...
Eu nom sei que tem a morena
eu nom sei o que a morena tem
eu nom sei que tem a morena
ai que todos a querem ver
lalalala...
Se vás ao Sam Benitinho
nom vaias ao de Paredes,
que ha outro mais milagreiro,
ve vás ao Sam Benitinho,
minha mae!
lalalala...
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8. |
A Carolina
02:19
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A saia da Carolina
tem um lagarto pintado;
quando a Carolina baila,
o lagarto move o rabo.
Bailache Carolina?
Bailei, sim senhor.
Di-me com quem bailache.
Bailei c'o meu amor (3 vezes)
Bailache Carolina?
Bailei, sim senhor.
A Carolina é umha tola
que todo o fai ao revés,
veste-se pola cabeça
e despe-se polos pés.
Bailache Carolina?
Bailei no quartel.
Di-me com quem bailache.
Bailei c'o coronel (3 vezes)
Bailache Carolina?
Bailei, no quartel.
O senhor cura nom baila
porque tem umha coroa.
Baile, senhor cura, baile,
que Deus todo lhe perdoa.
Bailache Carolina?
Bailei, abofé.
Di-me com quem bailache
Bailei c'o meu José (3 vezes)
Bailache Carolina?
Bailei, abofé.
No curro da Carolina
nom entra carro fechado,
“namais” entra a Carolina
c'o seu cocho polo rabo.
Bailache Carolina?
Bailei, sim senhor.
Di-me com quem bailache
Bailei c'o meu amor
C'o teu amor, Carolina,
nom voltes a bailar,
que che levanta a saia
e é-che mui má de baixar. BIS
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9. |
O carro
02:22
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Nom canta na Chá ninguém,
por isso, o meu carro canta,
canta o seu eixo tam bem
que a senhardade me espanta.
Nom há canto tam fermoso:
fino como um assobio,
“anque” é, às vegadas, saudoso
fai-se no ar rechouchio.
O meu carro é cerna dura:
sabe-se carvalho e freixo.
Que fermosa é a sua feitura!
Que ligeireza a do eixo!
As cousas vam-se aledando
por onde o meu carro passa.
Carreta-me erva p'ro gando!
Traz-me a colheita p'ra casa!
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10. |
O Rodavalho
02:43
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Numha lancha de marim
c'oa proa de carvalho
numha lancha de marim
c'oa proa de carvalho
quatro rapazes da póvoa
ui ai ai, ui ai ai
quatro rapazes da póvoa
ui ai ai, ui ai ai
roubárom um rodovalho
refrám ou retrouso:
mala chispa te coma,
mala chispa che dê,
mala chispa te mate ai ai ie
o patrom que ali mandava
era um rapaz de marim
era um rapaz de marim
dicíalle o rodaballo
ui ai ai ui ai ai
muito miras para mim
muito miras para mim
refrám ou retrouso
fôrom vendê-lo à lonja
fôrom vendê-lo à lonja
e com muito dissimulo
e quem o foi mercar
ui ai ai ui ai ai
e quem o foi mercar
ui ai ai ui ai ai
a filha do cachirulo
refrám ou retrouso
aqui acaba a história
aqui acaba a história
do famoso rodovalho
que por nom haver azeite
ui ai ai ui ai ai
que por nom haver azeite
ui ai ai ui ai ai
houvo que comê-lo assado
refrám ou retrouso
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11. |
O rama
02:15
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Ó rama , ó que linda rama
Ó rama da oliveira
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira
Que anda aqui na roda inteira
Aqui em qualquer lugar
Ó rama, ó que linda rama
Ó rama do olival
Eu gosto muito de ouvir
Cantar a quem aprendeu
Se houvera quem me ensinasse
Quem aprendia era eu
Não me invejo de quem tem
Carros parelhas e montes
So me invejo de quem bebe
A água de todas as fontes
Pola zona ártabra é facil escuitar
estas estrofas a maiores:
Eu esta manhá achei
de baixo da minha janela
umha cartinha de amores
quem ficaria sem ela (bis)
toda cheinha de de flores
eu esta manhá achei
umha cartinha de amores.
Fum à fonte beber água
topei um raminho verde
quem o perdeu tinha amores
quem o achou tinha sede.
Ó rama...
E pola capital ouve-se...
E ao passar a ribeirinha
Pus o pé, molhei a meia
Pus o pé, molhei a meia
Pus o pé, molhei a meia
E ao passar a ribeirinha
rompim a, minha viola
rompim a, minha viola
rompim a, minha viola
Juntei cachinho a cachinho
para fazer umha nova
para fazer umha nova
para fazer umha nova
Namorei na minha terra,
Fui casar, à terra alheia
Fui casar, à terra alheia
Fui casar, à terra alheia
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12. |
O sacristám de Coimbra
04:41
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|||
O Sacristám de Coimbra
fazia dez mil diabluras: BIS
molhava o pam en azeite,
deixava os santos a escuras BIS
E bate fado e bate bem,
tu és a causa do meu desdém BIS
O mar também tem amores,
o mar também tem mulheres. BIS
Está casado com a areia,
Dá-lhe beijos quantos quer. BIS
E bate fado ........ BIS
Eu quigera ser merlinho
e ter o bico encarnado BIS
para fazer o meu ninho
no teu cabelo dourado. BIS
E bate fado .... BIS
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13. |
Rianjeira
03:53
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|||
Ondinhas venhem,
ondinhas venhem,
ondinhas venhem e vam.
Nom te vaias rianjeira,
(nom te embarques rianjeira)
que te hás-de marear.
A Virgem de Guadalupe
quando vai pola ribeira,
a Virgem de Guadalupe
quando vai pola ribeira,
descalcinha pola areia,
parece umha rianjeira.bis
Ondinhas venhem...
A Virgem de Guadalupe
quando vai para Rianjo,
a barquinha que a leva
(a barquinha que a trouxo)
era de pau de laranjo.
Ondinhas venhem...
A Virgem de Guadalupe
quem a fixo moreninha bis
foi um rainho de sol
que entrou pola janelinha bis
Ondinhas venhem...
|
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14. |
Sam Fins do Castro
05:12
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|||
Pensa minha mae que estou
Pescando na carvalheira,
Estou no san fins do castro
Bailando umha muinheira.
A minha mae porque pudo
Fijo umha casa na ilha,
Para ver os de neanho
Como pescam a sardinha.
O cura de corme é xastre
Malpicano e marinheiro
O de paços labrador
E o de cesulhas gaiteiro
|
||||
15. |
Ai vem o maio
04:08
|
|||
Aí vem o maio
de flores coberto ...
Pugérom-se à porta
cantando-me os nenos;
e os puchos furados
para mim estendendo,
pedírom-me crocas
dos meus castinheiros.
Passai, rapazinhos,
calados e quedos;
que o que é polo de hoje
que dar-vos nom tenho.
Eu som-vos o pobre
do povo galego:
para mim nom há maio,
para mim sempre é Inverno!
quando eu me atopar
de donos liberto
e o pam nom me quitem
trabucos e préstemos,
e como os do abade
floresçam os meus eidos
chegado haverá entom
o maio que eu quero
Queredes castanhas
dos meus castinheiros?...
cantade um maio
sem bruxas nem demos;
um maio sem segas,
usuras nem preitos,
sem quintas nem portas
nem foros, nem cregos
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16. |
Marião
02:50
|
|||
Adeus oh Vale de Gouvinhas, Marião
Não és vila nem cidade, Marião
Sim, sim Marião
Não, Não Marião
És um povo pequenino, Marião
Feito à minha vontade, Marião...
Hei-de cercar Vale Gouvinhas, Marião
Com trinta metros de fita, Marião...
À porta do meu amor, Marião
Hei-de pôr a mais bonita, Marião...
Os meus olhos não são olhos, Marião
Sem estarem os teus de fronte, Marião...
Parecem dois rios de água, Marião
Quando vão de monte em monte, Marião...
Já corri os mares em volta, Marião
Com uma vela branca acesa, Marião...
Em todo o mar achei água, Marião
Só em ti pouca firmeza, Marião...
|
||||
17. |
||||
Quatro velhos marinheiros, BIS
todos metidos num bote.
Boga, boga, marinheiro,
imos para Viveiro, BIS
já se ve Sam Roque.
Ailalelo ...
Os marinheiros trabalham BIS
de noite com a luz da lúa.
Dá gusto velos chegare
pola manhá cedo BIS
cheirando a frescura.
Ailalelo ...
Levo sardinha e bocarte,
(traio sardinha e bocarte)
vendo xurelo pequeno
(também xurelo pequeno)
Rapacinha de Viveiro
vem buscar o lote
do teu marinheiro
Ailalelo ..
|
||||
18. |
Nos caneiros
02:44
|
|||
Ai Pepinho adeus, ai Pepinho, adeus,
ai Pepinho, por deus nom te vaias,
nom te vaias afogar à praia,
como nos pasou a nós
e havos de pasar a vós.
Ai Sálvora, ai Sam Vicente, BIS
as nenas bonitas hainas en Ourense.
Ai Pepinho, adeus, ai Pepinho, adeus,
Ai Sálvora, ai Sam Vicente
Ai Sálvora, adeus Mourente
Ai Sálvora, olhos da ria
para boas moças, en Vilagarcia BIS
Ai Pepinho, adeus, ai Pepinho, adeus,
Ai Sálvora, vento norteiro.
Ai Salvora, meu companheiro,
Ai Sálvora, vento ventinho
xa estám as rapaças na ponta de Aguinho BIS
|
||||
19. |
Canto do arrieiro
03:23
|
|||
O cantar do arrieiro é um cantar mui baixinho
Cantam-no em ribadávia, resoa no carvalhinho
já me compravam a gaita e eu nom a quigem vender
Porque a minha gaitinha é da minha mulher
É da minha mulher é da minha mulher
Já me compravam a gaita e eu nom a quigem vender.
Nom te cases com o arrieiro que leva a vida penada
Nem ouve missa ao domingo nem dorme so na cama
Nom ma vendas marido nom ma vendas por deus
Porque a tua gaitinha tocávamo-la os dous
Tocávamo-la os dous, tocávamo-la os dous
Nom ma vendas marido nom ma vendas por deus
Leva-me no carro leva arrieirinho das uvas
Leva-me no carro leva comerei das mais maduras
Mais me valia morena mais che me valia ter
A tua mae por sogra e a ti por mulher
E a ti por mulher, e a ti por mulher
Mais me valia morena mais che me valia ter
|
||||
20. |
O vinho
03:33
|
|||
O vinho branco é meu primo
e o tinto é o meu parente
nom ha festinha no ano
que nom veja a minha gente
Era o vinho minha mae, era o vinho
era o vinho que a mim me gostava
era o vinho minha mae, era o vinho
era o vinho que me emborrachava
Era o vinho minha mae, era o vinho
era o vinho mezclado com a canha
Quando te encontras comigo
nom queres dizer-me nada
para dizer que che gosto
tes que molhar a palavra
Nom foi soio na silveira,
também na porta da casa;
pensaches que estava aberta,
e esnafraches toda a cara.
Mira se che som bom home
que me gusta perdonare
o mal que me fai o vinho
polo bem que a mim me sabe
|
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